A ideia que o Pedro Barroso aqui apresenta , e que referi no post anterior, pode parecer que surge como uma brincadeira num momento em que (novamente) estamos imersos num conjunto de justificações a favor e contra a construção no novo aeroporto de Lisboa (NAL) na Ota.
Mas, e para além dos factos apresentados pelo mesmo, se tivermos em conta alguns dos argumentos apresentados, inclusivé, pelos defensores da Ota, poderia ser uma boa hipótese. Refiro-me, por exemplo, a um dos principais argumentos contra a margem sul (e não estou a falar do deserto): o facto da população-alvo deste novo aeroporto estar na margem norte, e acredito que não se referirão exclusivamente aos da região de Lisboa.
Esta situação, e em conjugação com os factos apresentados pelo Pedro Barroso, levaria a uma menor necesidade de aplicação de recursos financeiros para a construção do novo aeroporto, que serviria, duma forma muito mais operacional, a população da zona norte, zona centro e zona da margem sul (a tal do deserto). Ficaria mais longe o Algarve (com um “l”), mas também neste momento estou a 450 km da Portela.
Penso que apenas duas críticas se poderiam coloca, e que têm a ver com os actuais aeroportos e a sua localização.
- Lisboa ficaria sem aeroporto. Mas na Ota também, e não ficaria muito mais longe, sendo que não haveria necessidade de construção de (muitas) vias de comunicação terrestres… para além das actualmente previstas
- O aeroporto do Porto perderia lógica. Mas poderia ficar destinado às low cost, como aliás já está a aconntecer…
E teria certamente o apoio de todos aqueles que se insurgiram contra a ideia de um referendo local (em Lisboa) sobre o NAL.
Será altura de falar de um novo aeroporto de Portugal e não do novo aeroporto de Lisboa?
É que o resto já não é paisagem…
MAV