Uma das temáticas actualmente em debate no seio das profissões às quais estou ligado (serviço social e trabalho social) é a empregabilidade. Quer por motivos pessoais, quer pelo desejo que os meus alunos e futuros colegas rapidamente entrem no mercado de trabalho, existem aspectos que sobre os quais considero que seria importante reflectir.
Seria, à partida, uma iniciativa interessante, que promoveria a experiência profissional dos recém-licenciados, abrindo-lhes uma porta para o mercado do trabalho.
Estes programas servem, essencialmente, dois grandes objectivos:
- diminuir a taxa de desemprego nos recém-licenciados;
- apagar (salvo raras excepções) a necessidade de empregar profissionais nessas instituições.
Todos os anos, enfrenta-se um rodopio de profissionais que, no momento em que estão a conhecer a realidade da população desses serviços, são novamente substituídos por outros nas mesmas condições.
Pelo menos é isto que me faz pensar a realidade que conheço. Se assim não é, venham os números de estagiários que, no final dos mesmos tenham estabelecido uma relação de trabalho com esses serviços.
[publicado originalmente aqui]