O Insurgente » Paulo Rangel e Sócrates, por Bruno Alves
"Paulo Rangel, fez uma crítica política às opções do Governo. Fez uma defesa do papel do parlamento perante a arrogância do Governo e dos seus Ministros. Colocou questões ao Primeiro-Ministro. Este último responde-lhe com insultos. Com piadinhas. Deturpa ou ignora as palvras de Rangel. Discute com ele como se Paulo Rangel fosse Santana Lopes, e se comportasse como Santana Lopes. Infelizmente para Sócrates, Rangel não é Santana. E não se comporta como ele. E a dificuldade que o Primeiro-Ministro tem em lidar com a forma como Rangel interveio é notória. Quando alguém critica as políticas concretas do Governo, assentando essa crítica numa análise da conjuntura actual, a arrogância de Sócrates não funciona: quando Sócrates goza com a intervenção de Rangel, quando desvaloriza as críticas e as questões que ele coloca, goza com as dificuldades que os portugueses sentem em virtude da conjuntura que Rangel analisa. […]"