Uma situação com a qual os profissionais que intervêm no campo (do) social se debatem actualmente é, sem dúvida, a identificação dos limites da sua intervenção e os pontos de encontro entre as diferentes profissões.
Obviamente, e como não poderia deixar de acontecer, cada grupo profissional defende e apresenta como suas as competências que lhes pertence. Os outros grupos, com maior ou menos conhecimento sobre a realidade profissional externa, criticam e colocam em causa a legitimidade dos outros para o exercício dessas mesmas competências.
É, considero, uma situação normal. Cada grupo profissional defende a sua dama da forma que acha mais correcta, embora não poucas vezes esse debate sai do campo científico-profissional, e entra no campo do insulto pessoal.
Não será hora de todas estas profissões (estruturas sindicais, profissionais e educativas) se organizarem, se sentarem à mesma mesa sob um único objectivo: a sistematização e definição das articulações entre competências profissionais, elaborando, por exemplo, por área de intervenção "mapas de articulação das competências profissionais"? Tendo, claro, como principal beneficiário, o cliente…
Esta "estrutura" poderia até ir mais longe, com a criação duma "organização" que visasse a promoção da intervenção sobre em Portugal, onde se reflectisse por exemplo, e entre outros variadíssimos aspectos, as práticas deontológicas necessárias para a intervenção em equipa… E isto que aqui trago não é nada de novo.
Está a acontecer no Brasil, pelo menos entre a psicologia e o serviço social.
Está a acontecer na Europa, com a criação da ENSACT.
Será possível acreditar que em Portugal, é credível pensar que profissionais de áreas (permitam-me) relativamente similares, se podem juntar e organizar com vista a um bem comum. Ou será pedir de mais?
Caro valério,Lá está você a insistir no mesmo! A PSICOLOGIA NÃO É UMA PROFISSÂO (DO) SOCIAL!!! Não queira aproxima-las…são de estruturas e práticas científicas bastante diferentes…apesar de muitas vezes trabalharem em interdisciplinariudade, o que eu acho positivo, como é óbvio!
Achava bem também existir uma coisa semelhante com os médicos…eles também são (do) social….Acha mesmo que a confusão é assim tão grande? Acha que um trabalhador social faz a mesma coisa que um psicólogo? Limites????Os limites estão à partida establecidos, quando estamos a falar de profissões que pertencem a campos científicos distintos!
Caro Lux…Não entrando num debate mais amplo, a minha lógica é apenas uma: eu tenho conhecimento “pleno” do que um licenciado em trabalho social pode fazer nos seus diferentes campos de intervenção, o “Lux” terá da psicologia e cada profissional terá (ou deverá ter…) da sua profissão. Estou certo, até pelos constantes debates em que tenho entrado que tal não é uma realidade quando falamos das outras profissões. E o que aqui sugeri é exactamente uma forma de contornar essa questão (os tais limites que refere) e poder existir uma intervenção multidisciplinar correcta, eficaz e eficiente.Por outras palavras e respondendo ao que pergunta: claro que um licenciado em trabalho social não faz o mesmo que um licenciado em psicologia, se bem que não poderei concordar quando diz que as estruturas e as práticas científicas são bastante diferentes. Mas já agora questiono, até porque é habitual o “lux” participar nestes debates, logo terá que estar a par destes assuntos: O que faz um licenciado em trabalho social, por exemplo, na área da saúde mental? Que competências tem?Um outro aspecto: fala que a psicologia não é uma profissão do social… No post referi, e cito “os profissionais que intervêm no campo (do) social, será por isso a isso que se refere. Está o “lux” a querer afirmar que nenhum licenciado em psicologia deve intervir nesta área? Está o “lux” a querer afirmar que nenhum licenciado em psicologia tem competências para o fazer?Se assim é teremos aqui um problema muito maior e mais grave do que o que eu referi: Assim estará a dizer que nenhum licenciado em psicologia tem competências para trabalhar, por exemplo, no acompanhamento de casos no âmbito do Rendimento Social de Inserção, pelo menos no que respeita a um acompanhamento completo dos indivíduos em causa, é isso? Mas, já agora, ajude-me, que competências terá um licenciado em psicologia para trabalhar nestas equipas? que “estruturas e práticas científicas” (como refere) aqui poderá utilizar?
Caro MAV,Claro que um psicólogo pode trabalhar na área social, no âmbito da psicologia comunitária ,por exemplo! Agora, isto, não quer dizer que a psiicologia é uma profissão do social, como o é o trabalho social, por exemplo!O trabalho do técnico social na saúde mental , deve restringir se ás suas competências, que são a intervenção nas componentes ou variávies sociais que contribuem para a manutenção da saúde mental, ou então, para o seu agravamento! De uma forma simplista, os aspectos piscológicos, devem ser deixados para quem tem competências para lidar com eles! Não me vai dizer que o trabalhadorr social também faz uma perninha no tratamentp dos aspectos biológicos!
Caro Lux…Responda, se não se importa, às questões que lhe coloquei no comentário anterior:1. nenhum licenciado em psicologia tem competências para trabalhar, por exemplo, no acompanhamento de casos no âmbito do Rendimento Social de Inserção, pelo menos no que respeita a um acompanhamento completo dos indivíduos em causa, é isso?2. que competências tem um licenciado em psicologia para trabalhar nestas equipas? 3. que “estruturas e práticas científicas” (como refere) poderá utilizar?Avançando, diz que os técnicos sociais (ainda me vai ter que explicar o que são técnicos sociais… todos aqueles que trabalham nessa área?) devem restringir-se às suas competências. Concordo, Mas ainda não me disse (como lhe pedi) o que faz um licenciado em trabalho social, por exemplo, na área da saúde mental? Que competências tem? Deixe-me que lhe diga que intervir”nas componentes ou variáveis sociais” não é uma competência… é uma área. As competências estarão na base do que aí se faz e como se faz. Volto a questionar: o que faz um licenciado em trabalho social, por exemplo, na área da saúde mental? Que competências tem?
A resposta às suas perguntas estão no link que deixou no post que escreveu! Admito não ser a pessoa mais indicada para lhe responder às questões relacionadas com a intervenção na área social, já que não é a minha área de intervenção, nem pretende ser!Já lhe tentei responder dentro do possivel á sua pergunta sobre as competências de um trabalhador social na saúde mental! O link que deixou também me parece ser esclarecedor, apesar de ter feito uma leitura rápida e diagonal da “coisa”!As àreas, como lhes chama, são o vosso limite de intervenção! Ou melhor, os aspectos psicoterapêuticos, no sentido “técnico”, não fazem parte das vossas competências. Resumindo, o acompanhamento psicológico não é competência de nenhum técnico que não o psicólogo ou psiquiatra! Um técnico social pode ser alguém que tenha uma formação numa disciplina das ciências sociais e trabalhe profissionalmente na área!Ex: Sociólogo, assistente social, antropólogo, educador social….
Caro Lux…Responda, se não se importa, às restantes questões que lhe coloquei no comentário anterior:1. nenhum licenciado em psicologia tem competências para trabalhar, por exemplo, no acompanhamento de casos no âmbito do Rendimento Social de Inserção, pelo menos no que respeita a um acompanhamento completo dos indivíduos em causa, é isso?2. que competências tem um licenciado em psicologia para trabalhar nestas equipas? 3. que “estruturas e práticas científicas” (como refere) poderá utilizar?Relativamente ao que agora escreveu… essa questão da área das “ciências sociais” tem muito que se lhe diga… Sabe em que área esta a psicologia no documento do CRUP? Quanto à psicoterapia… essa não é a realidade, quer nacional quer internacional.
Parece que o silêncio é esclarecedor