O Bloco de Esquerda prepara-se para apresentar na Assembleia da República uma proposta de lei que visa «restabelecer a igualdade de condições nos concursos públicos entre os licenciados do sistema “pré-Bolonha” e os mestres do sistema de atribuição de graus criado pelo decreto-lei 74/2006» ou seja, mestres pós-Bolonha.
Pessoalmente, e tendo em conta aquilo que foi a real implementação do Processo de Bolonha em Portugal, um pouco distante daquilo que era a real intenção da Declaração de Bolonha, apenas posso concordar com a mesma.
Falta, certamente, definir como esta equivalência funcionará na prática da estruturação profissional, porque a existir esta equiparação, estamos a assumir (e bem, a meu ver) que as actuais licenciaturas não preparam devidamente os profissionais para a prática profissional das suas actividades.
Tal situação, terá que levar a uma obrigatoriedade dos mestrados para todas as profissões, não podendo ficar o assunto pela mera equiparação entre licenciados pré-Bolonha e mestres pós-Bolonha.
Exige-se assim uma reformulação completa da ordenação das profissões, Serviço Social incluído.
Concordo plenamente! Os licenciados pré-Bolonha encontram-se em uma situação difícil, de impasse mesmo. Como muitas coisas que ocorrem em Portugal, quando é necessária uma padronização com a União Europeia, o Processo de Bolonha foi instituído apanhando muitos de surpresa e deixando em suspenso muitas questões para aqueles que já são licenciados. E agora, o que fazer? Todos devem “completar” a sua formação, cursando o mestrado para não ficar aquém dos demais profissionais? Só o tempo responderá às nossas questões. O tempo e o mercado.