Hoje, praticamente por acaso, dei comigo a assistir ao comício da apresentação das listas do Partido Socialista para o Concelho de Vila Real, encabeçada por Rui Santos, actual director do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Vila Real.
Aí, tive a oportunidade de verificar o porque de muitos partidos (ou a sua quase totalidade) não querem que as autárquicas e as legislativas ocorressem no mesmo dia: o facto de ser difícil de distinguir umas das outras e respectivas propostas e ideias.
Contudo, aqui não falo dos cidadãos, mas sim dos candidatos que ouvi discursar, nomeadamente Rui Santos (cabeça de lista à Câmara Municipal de Vila Real) e Pedro Silva Pereira (cabeça de lista nas legislativas). Digo isto, ao perceber que (sem "dados estatísticos" concretos), cerca de metade do tempo dos comícios foram sobre a obra do actual governo do PS.
É que a determinada altura pensei mesmo estar num comício para as legislativas, até porque se falava de "obras" que nada tinham a ver com o concelho de Vila Real, e lá tinha Pedro Silva Pereira que evidenciar o estar-se a referir ao distrito, e eu que sempre pensei que um governo deveria apoiar as autarquias independentemente da sua cor partidária, não tendo como objectivo a retribuição, em votos, para as autárquicas.
Para além disso, a demagogia habitual: o assumir para o governo o retomar do circuito de Vila Real, a A7 (que termina em Vila Pouca), o Complemento Solidário para Idosos (que fiquei a saber tinham uma prestação de € 400,00, entre outros aspectos…
Quanto à parte de Rui Santos, "muita parra e pouca uva".
Muitas críticas pessoais (comentava-se ao lado uma qualquer história sobre espelhos na segurança social – que eu não entendi…), muitos objectivos gerais, e poucas propostas concretas.
Acima de tudo, avaliar e reavaliar, recentrar, reformular… mas do "como", da "forma de o fazer", das actividades e propostas específicas para alterar o que considera estar mal, pouco ou nada se ouviu.