Eu compreendo as opiniões e preocupações relativamente ao encerramento das escolas e aceito que possa causar impacto no processo de aprendizagem dos alunos.
Isto é especialmente verdade num país onde muitas escolas, professores, alunos e famílias não estão preparadas para ensino à distância. Mas o que está aqui em causa não apenas isto, mas sim olhar para qual seria o “mal menor”
A realidade é que, especialmente face à nova estirpe, jovens a partir dos 13 anos parecem estar muito mais vulnerável do que até agora.
Neste momento, face à realidade actual da pandemia, as decisões não podem ser apenas políticas, mas sim baseadas naquilo que o saber científico consegue produzir.
E é isto que não está a acontecer. Não está em causa apenas se as escolas estão a ser espaços onde a pandemia alastra, mas sim tudo o que funciona à volta dela. O elevado número de pessoas que têm que se movimentar para que elas funcionem.
Daí a necessidade de as fechar. E temos que ser criativos. Compreendendo, como referido, o impacto do processo de aprendizagem e a falta de preparação para algo diferente, há que ter coragem política para tomar as necessárias decisões
E essa decisão tem que passar, pelo menos, por um período de total encerramento, por forma a preparar uma estratégia clara, que tenha em consideração toda a problemática envolvente.
Ou seja, um encerramento por cerca de 2 semanas e criar uma estrutura que permitisse que os alunos do 3º ciclo e secundário passassem a frequentar um regime misto de ensino presencial e à distância, frequentando a escola em dias (2 ou 3 por semana), alternados.