Marcelo Rebelo de Sousa vai ter um dos mandatos presidenciais mais importantes e relevantes na história do país.
A pandemia que actualmente enfrentamos vai provocar (já está na realidade) uma grave e forte crise social e económica. Para enfrentar e lutar contra esta crise é fundamental algo que, infelizmente, não existe em Portugal.
Era necessário um governo proactivo, estratégico e corajoso. O actual é tudo menos isso.
Era necessário um partido na oposição, que fosse alternativa mas que ao mesmo tempo conseguisse chegar a acordos de estado nas principais áreas. O actual PSD nunca o conseguirá
Eram necessários pequenos partidos que estivessem estáveis, que responsabilizassem as falhas do governo e do principal partido da oposição. Temos um CDS que já não existe, um PCP (como sempre) fora da realidade e um BE perdido.
Temos um partido unipessoal a subir que trás novas ameaças à democracia e sobre o qual ainda ninguém entendeu que está a ir buscar, mais do que a este ou aquele partido, votos a quem está desconfiado e que não acredita nos partidos e nos partidos políticos.
E diz-nos a história que, em momentos de crise económica e social, estes partidos têm tendência a subir baseado no medo e nos receios daquelea que vêm as assimetrias a aumentar.
Daqui a importância deste segundo mandato de Marcelo. A necessidade de defender a moderação política e a estabilidade. A necessidade de garantir os direitos sociais a toda a população. A necessidade de garantir que esta democracia continua a ser a pior forma de governo, com a excepção de todas as outras.
Ainda estamos longe disto, espero eu, mas nem que para tal seja necessário um governo de união nacional por iniciativa presidencial.