O que Gostava de ter Dito… (i)

Déjà vu

A avacalhação da campanha já começou, e daqui até 11 de Fevereiro o mais provável é que a coisa vá agravando. Como bem disse Ana Sá Lopes, avacalhar é abrir alas para o Não. E isto por uma razão simples, os moderados do Sim prezam imenso a sua moderação e muito pouco o seu Sim. Avacalhando a campanha eles já não se metem, ou melhor, metem-se para atacar os “radicais do Sim”, acrescentando sempre que tem muito respeito pelo Não, salvaguardando assim a sua imensa moderação, que é o que importa.

Já o Não não tem destes problemas, o que importa é facturar votos, dê por onde der, para que não se ponha em causa do seu poder, a sua influência. Mentem, distorcem, fazem falsas promessas (educação sexual, não aplicação da lei que defendem, etc), e tudo vai bem, ninguém ataca ninguém, é só palmadinhas nas costas. Os menos moderados (no Não não há radicais) lá se vão entretendo com panfletos de recém-nascidos mortos e agendamentos de comícios pelo Não no domingo do referendo. E assim vai o país, e não é a primeira vez. Para já a única diferença que noto em relação a 98 é que as sondagens não dão uma margem tão grande ao Sim…

PS: E na RTP continuam a falar em “referendo ao aborto”, “movimentos contra o aborto”, “movimentos a favor”. Contribuir com os meus impostos para o jornalismo de merda? Assim é.

 

De: Boss do Renas e Veados

Ilegais com mais de 18 anos podem frequentar o ensino

«Os imigrantes que estão ilegais em Portugal e maiores de idade podem frequentar o ensino básico e secundário, esclareceu a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) na sequência de queixas de irregularidades apresentadas em vários organismos.
O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME) pediu um parecer à DREL por ter recebido queixas de vários imigrantes que diziam ter sido impedidos de se matricular em escolas com a justificação de que estão ilegais no país.»

 

Retirado de: Público, 06.01.07 – Ver Notícia Completa

 

 

I Congresso Internacional em Intervenção com Crianças, Jovens e Famílias

A intervenção psicológica, social e educativa na área da protecção de crianças, jovens e famílias em risco tem por objectivo o seu envolvimento, autonomização e a mobilização das suas competências na construção de projectos promissores de maior qualidade de vida.
Porque se colocam novos desafios em face dos valores específicos de cada sistema de intervenção, urge desenhar abordagens eficazes e complementares que facilitem o trabalho conjunto dos profissionais dos diferentes sistemas.
Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho e a Pressley Ridge, em colaboração com outras universidades e instituições nacionais e internacionais, procuram contribuir para a busca de respostas eficazes a estes desafios. É neste quadro que organizam um Congresso que permitirá divulgar o trabalho de investigadores e académicos, especialistas e profissionais com vasta experiência reconhecida no sector, na expectativa de fazer florescer um debate multidisciplinar sobre o que se faz, o que seria desejável fazer, e que mudanças e inovações se aconselham e preconizam à luz da evidência dos resultados e da avaliação de programas e contextos da intervenção.
Assim, a continuidade, a integração e a complementaridade de práticas e políticas sociais para uma intervenção de qualidade são os temas em debate no I Congresso Internacional em Intervenção com Crianças, Jovens e Famílias, a realizar em Braga, na Universidade do Minho, entre 8 e 10 de Fevereiro de 2007.

II Seminário do ISPGaya de Serviço Social

OS (DES)CAMINHOS DO ÁLCOOL

05 de Janeiro de 2007, na sala 5.1 do ISPGaya

 

 

PROGRAMA DO SEMINÁRIO

 

14:00

Recepção dos Participantes e Entrega da Documentação

 

 

14:15

Sessão de Abertura

Mestre João de Ferreira Freitas (Presidente do ISPGaya)

Prof.ª Dr.ª Diana Amado Tavares (Directora da ESDSC e Coordenadora da Lic. em Serviço Social)

Mestre Luísa Rodrigues (Docente da Unidade Curricular de Seminário de Serviço Social)

 

 

Início dos Trabalhos

 

Moderador – Dr. Miguel Valério – Docente do ISPGaya

 

14:30 – Dr.ª Catarina Canário – IBEM da Fac. de Medicina da UP (“As Implicações Sociais do Álcool“)

15:00 – Dr. Rui Moreira – CRAN (“Álcool & Doenças Sexualmente Transmissíveis“)

15:30 – Dr.ª Benedita Seixas / Dr. Jorge Topa (“Álcool e Violência Doméstica“)

 

16:00 – Coffee-Break

16:30 – Dr.ª Carla Carvalho – Coordenadora Técnica do Projecto “Reaprender” da SCM de Oliveira de Azeméis (“Reaprender: Proj. de Intervenção com População Dependente de Álcool“)

 

17:00 – Debate e Sessão de Encerramento

 

 

Organização e Contactos

3º Ano da Licenciatura em Serviço Social do ISPGaya

 

Instituto Superior Politécnico Gaya

Rua António Rodrigues da Rocha, 291, 341

4400-025 Vila Nova de Gaia

http://www.ispgaya.pt

Tel: 223745730/3 Fax: 223745739

 

 

Tratamento do Alcoolismo

A notícia do Jornal de Notícias que aqui transcrevi em parte, referente às alterações que estão a ser programadas, não é um assunto novo. Pelo contrário…

Já no I Congresso de Comunidades Terapêuticas e Centros de Dia, organização pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), em Dezembro de 2005 na Curia e no âmbito da avaliação do I Plano Nacional de Luta contra a Toxicodependência, e no qual tive a oportunidade de participar, este assunto tinha sido discutido.

Enquanto não existirem mais novidades, ou pelo menos novidades mais concretas referente a estas alterações, a minha opinião mantêm-se.

Os pressupostos inerentes são correctos e positivos. Já Paulo Moreira, em 2002 (“Para uma Prevenção que Previna” da Quarteto) falava no síndrome do romantismo, onde revelava o conteúdo de uma conversa com um presidente de uma Câmara Municipal (cujo concelho tinha uma das maiores prevalências de alcoolismo a nível nacional), onde o mesmo dizia que não era necessária prevenção, porque a toxicodependência era um problema não existente no mesmo.

Importa assim, ultrapassar o tabu do alcoolismo versus toxicodependência, assumindo de uma vez por todas, e em todos os parâmetros de intervenção, que o alcoolismo é uma toxicodependênci. Aliás a maior toxicodependência dos portugueses.

Contudo seria importante definir concretamente com que alcoólicos vão ser feitas as intervenções no âmbito do IDT, porque importa ao nível da intervenção distinguir dois tipos de dependentes de álcool.

Importa destinguir as intervenções feitas com alcoólicos, com carreiras longas de alcoolismo (onde prevalece os factores motivacionais inerentes ao consumo de álcool em Portugal), cuja intervenção deveria depender do Ministério da Saúde, dos outros alcoólicos (os dependentes de álcool, cuja dependência teve (ou pode ter tido) como base diferentes factores bio-psico-sócio-culturais) cuja intervenção deveria depender do IDT.

Dito por outras palavras, deveriamos separar as intervenções remediadoras (as primeiras) das preventivas/interventivas (as segundas).

Estou certo que será uma avaliação, muitas vezes, complexa, mas receio (se tal não for feito), o aumento em flecha do número de alcoólicos com mais de 50 anos de idade a realizarem tratamentos nos centro de tratamento privados que contem com apoios do estado…