Os Aumentos em 2007 e a Confiança de Sócrates

Em Janeiro e em 2007 vão aumentar, pelo menos:

 

Os combustíveis (0,025 euros/litro)

Os transportes públicos (2,1%)

Os medicamentos comparticipados (1% a 5%)

A luz (6%)

As portagens (3% em média)

O pão (20%)

Os internamentos hospitalares (5 euros/dia)

As intervenções cirúrgicas em ambulatório (10 euros/cada)

Os vencimentos – no sector público (1,5%)

A taxa de juro (quanto será?)

 

Ainda bem que, como diz José Sócrates a economia, as contas públicas e o emprego estão a melhorar “passo a passo” em Portugal, pedindo confiança aos portugueses.

 

Eu, cá por mim, estou mesmo confiante… vou brindar a isso na passagem de ano… para ver se esqueço…

 

Ainda bem que não há aumento de impostos.

 

A Vida de António Variações

Já aqui falei dos Xutos & Pontapés, aquele que é o meu grupo português favorito. Falta por isso apenas a referência a um outro cantor do qual sou fã… António Variações.

Já agora, ficam aqui os links para o documentário “A Vida de António Variações”

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Mais Preocupações…

Em relação a esta situação de maus-tratos em Monção (a confirmar-se), só podemos esperar que tudo fique esclarecido.

Ouvi ontem, penso que no Jornal da Noite da SIC (e como se pode ler no Jornal de Notícias de hoje – aqui), que a CPCJ de Viseu teria encaminhado a situação para a sua congénere de Viana do Castelo, mas refere hoje (aqui) a responsável pela última (Dr.ª Silvia Nelly) que

a CPM de Viseu não nos disse nada (se calhar, não soube que tinham mudado) e foi pelo centro de saúde que ficámos a saber que a menina já tinha sido acompanhada

Importa saber quem mente…

Será que a CPCJ de Viseu não informou a de Viana do Castelo? Ao contrário do que refere a responsável de Viana, tal era do conhecimento da Segurança Social (CDSSS) visto que o agregado deixou de ser beneficiário do Rendimento Social de Inserção (RSI) por passarem a existir rendimentos (o do pai, em Viana do Castelo).

Será que o CDSSS de Viseu, não informou a CPCJ de Viseu?

Será que a CPCJ de Viana do Castelo recebeu a informação e ainda não tinha sido possível tomar conta da situação?

 

Afinal, o que aconteceu?

 

Não se pretende aqui a crucificação dos técnicos, visto que, e como explico aqui, penso que muitos dos problemas só serão resolvidos com a alteração legislativa, mas importa saber o que realmente aconteceu…

 

Já agora, (mais) algumas perguntas:

Porque é que ainda não apareceu a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens?

Será que não têm nada a dizer?

Como está a situação da contratação de técnicos a tempo inteiro para as CPCJ’s prometido à cerca de dois anos (se não estou em erro) pelo governo para as que tivessem mais de 150 processos (sim, porque com 149 – conheço uma que tinha 148 – não tem direito)?

Ainda estão em fase de formação?

 

Estou certo que a isto voltaremos…

 

Maus-Tratos a Menores (ii)

 

A autópsia à pequena Sara, a menina de dois anos, que ontem deu entrada no centro de Saúde de Monção, com uma paragem cardio-respiratória, tendo acabado por falecer, deverá ficar concluída ao início da tarde, adiantou ao PortugalDiário, fonte do Instituto de Medicina Legal (IML). O exame está a ser realizado no IML de Viana do Castelo.

 

Nessa altura ficará a saber-se qual a causa da morte, concretamente, se aquela teve origem em maus tratos.

[…]

 

Os três irmãos da pequena Sara [um rapaz de cinco anos, uma rapariga de quatro anos e um bebé de um ano e três meses] continuam com os pais «e esta quinta-feira vieram para o jardim de infância», adiantou ao PortugalDiário Vítor Bret, da direcção da Santa Casa da Misericórdia de Monção, que tutela a instituição.

 

A mesma fonte adiantou que a educadora da menina denunciou uma situação de negligência e maus tratos à Comissão de Protecção de Menores de Monção, no passado dia 4 de Dezembro.

 

«A menina veio para aqui em Novembro e desde o início apresentava situações como nódoas negras, na anca e na cara, dedos cortados, mordidelas e arranhões», explicou Vítor Bret.

 

Da primeira vez que foi chamada à escola, a mãe da pequena referiu que os cortes nos dedos ficaram a dever-se à utilização de facas de cozinha. «À segunda vez que foi chamada, já nem apareceu», continua o mesmo responsável.

 

As mordidelas e arranhões «até poderiam ser atribuídas aos irmãos», mas, prossegue Vítor Bret, «quando a educadora achou que era demais, telefonou à assistente social a comunicar o caso».

 

O aspecto «débil e triste» da menina e as evidentes carências alimentares […], contrastavam com o ar «bem tratado e feliz» dos três irmãos.

 

O facto de apenas a Sara apresentar sinais de negligência e eventuais maus tratos levou a Comissão de Protecção de Menores de Monção (CPM)* a decidir «requerer uma avaliação ao estado de saúde dos quatro irmãos, que deveria ter acontecido esta quinta-feira», referiu ao PortugalDiário, a responsável da CPM de Monção, Sílvia Nelly. A decisão de retirar os menores aos pais era, face aos elementos disponíveis, considerada exagerada.

 

«Nem sequer houve tempo de conhecer a família», acrescentou a mesma técnica, esclarecendo ainda que a família mudara-se de Viseu em Setembro e que já aí estaria a ser acompanhada. […]

Quando uma criança que está sinalizada nas comissões de protecção de menores muda de residência, a CPM deve comunicar o caso à sua congénere para onde a família se mudou, mas «acontece que a CPM de Viseu não nos disse nada (se calhar, não soube que tinham mudado) e foi pelo centro de saúde que ficámos a saber que a menina já tinha sido acompanhada», rematou Sílvia Nelly.

Fonte: PortugalDiário

* Actualmente CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens)

Preocupações…

Sinceramente, o que me preocupa não é o crescente aumento deste tipo de crimes (como referido no post anterior), pelo simples facto de não acreditar que os mesmos estão a aumentar, apenas tem sido dado maior atenção por parte dos media…

 

O que me preocupa são as inadequadas intervenções que são feitas pelos profissionais.

 

Não estou aqui a acusar os mesmos, mas também não afirmo que estes profissionais não tem nenhuma culpa, preocupando-me o facto de num espaço de 15 dias de uma situação iminente de maus-tratos, todo o trabalho desenvolvido passou pela marcação de uma consulta, sem qualquer outro tipo de contacto, mas a verdade é que as comissões não têm o mínimo de condições para actuar condignamente.

 

Por muito que custe ouvir e dizer este tipo de informações a verdade é que a lei que rege as CPCJ’s deveria ser alterada, melhorada, porque nem sempre a sociedade civil pode responder correctamente a este tipo de atentados aos direitos humanos.

 

Por enquanto, ficarei por aqui…

 

 

Maus-Tratos a Menores

Uma menina de dois anos morreu hoje em Mazedo, Monção, alegadamente vítima de maus-tratos, confirmou ao PortugalDiário fonte do posto da GNR de Monção. A bebé foi levada esta manhã pela mãe para o Centro de Saúde de Monção, mas já estava «cadáver».

A GNR foi chamada ao local e constatou que a criança apresentava «indícios» de maus-tratos, nomeadamente hematomas na cabeça. O caso foi já participado ao Ministério Público, tendo a procuradora junto do Tribunal de Monção determinado a remoção do cadáver para o Instituto de Medicina Legal de Viana do Castelo, para autópsia.

A bebé já estava a ser acompanhada pela Comissão de Protecção de Menores e ao que o PortugalDiário conseguiu apurar a família residia em Viseu, onde a Comissão acompanhava o caso, e recentemente mudou-se para Monção, onde a Comissão da zona estava a avaliar o processo da menor.

A menina era um dos quatro filhos de um casal de Viseu que está a viver na Quinta da Oliveira, em Mazedo, Monção.

Caiu nas escadas

Os pais da menina de dois anos refutaram a tese de maus-tratos e alegaram que a criança terá caído nas escadas, disse à agência Lusa fonte da Segurança Social.

O director da Segurança Social de Viana do Castelo, António Correia, afirmou à Lusa que a criança já tinha aparecido há cerca de 15 dias na creche com hematomas, tendo a educadora responsável, na altura, participado o caso à Comissão de Protecção de Menores de Monção.

António Correia acrescentou que a comissão decidiu marcar uma consulta no Centro de Saúde de Monção, para avaliação do estado clínico da menina, que deveria ter lugar esta quinta-feira.

Entretanto, admitiu o director, neste lapso de tempo a Comissão de Protecção de Menores «não teve qualquer outro contacto» com a família da menina.”

Fonte: Portugal Diário