Poderei estar a ser demasiado céptico (ou talvez não), mas considero que neste momento não é possível realizar uma avaliação correcta sobre descidas ou subidas da taxa de desemprego, sem que se tenha em conta uma variável que está directamente ligada. Falo, por exemplo, dum conjunto diferenciado de formações, como os cursos de Educação e Formação para Adultos (EFA’s) desenvolvidos no âmbito do programa novas oportunidades.
Confusos? É simples de explicar…
Desde há um par de anos que ocorreu uma alteração legislativa que alterou um conjunto de regras associadas às bolsas de formação. Desde aí, as bolsas de formação são consideradas enquanto rendimentos, o que faz com que qualquer individuo que esteja a receber uma bolsa de formação seja retirado das listas de desemprego do IEFP. Por isso a importância de se saber a evolução do número de inscritos nesses (e outros) cursos.
E, já agora, relativamente fora do tema, se quisermos falar em estatísticas correctas, teremos sempre que nos recordar-mos que, por exemplo, um recém-licenciado sem emprego não é desempregado (e por isso não é contabilizado a taxa de desemprego), mas sim alguém à espera do primeiro emprego.
Isto para não falar dos PEPAP’s e PEPAL’s, dos quais, como já antes referi, seria interessante saber a percentagem de estagiários que, após o mesmo, ficam empregados nessas instituições.