No dia de hoje, mas no ano de 2007, era notícia em alguns jornais o facto de ir abrir em Lisboa (e em Portugal) no segundo trimestre desse ano, a primeira “sala de injecção assistida” (vulgo “salas de chuto”, mas melhor designadas por “salas de consumo vigiado”). Isto seria apenas mais uma notícia nessa altura se, como aqui referi, a criação destes programas já não estivesse legalmente previsto desde Junho de 2001 (DL 193/2001 de 21/06).
Se na altura, um espaçamento temporal tão grande entre o momento da criação “legal” e “efectiva” deste tipo de resposta destinado à população toxicodependente já seria estranho, até pelo impacto positivo que a mesma tem em diversas áreas (sentimento de insegurança, redução da exposição pública, entre muitos outros), mais estranho se torna que, 6 anos depois da publicação dessa “intenção” e quase 12 anos após a publicação da sua sustentação legal, ainda não exista nenhuma resposta social desta nomenclatura em Portugal.